Instituto Flor da Floresta
Ni Hua

Instituto Flor da Floresta Ni Hua – é uma OSC (Organização da Sociedade Civil) sem fins lucrativos, sediada no município do Jordão, Acre, interior da Amazônia.
Nosso objetivo principal é a promoção da saúde planetária integral. Utilizando para isso como principais meios a promoção da saúde humana e do meio ambiente com foco na preservação da floresta Amazônica, segurança e soberania alimentar, educação libertadora e valorização e  empoderamento das culturas indígenas brasileiras e do feminino.

O Instituto desenvolve diversos projetos de grande impacto para a população da região do município de Jordão,

especialmente para povos indígenas e ribeirinhos, com repercussões positivas no local, mas também de diversas regiões do Brasil e do mundo que comparecem ao local para vivências e troca de experiências em uma localidade extremamete vulnerável mas cheia de riquezas naturais e culturais.

Já foram desenvolvidos diversos projetos desde a sua fundação oficial em 2022. Você pode conhecer com mais detalhes as nossas ações na aba Projetos. 

Sobre o Jordão e o Instituto

Município de Jordão

O Coração Resiliente da Floresta Amazônica
Jordão é uma alegria escondida na Amazônia, um município enraizado no coração do Acre, no extremo norte do Brasil. É uma terra de belezas naturais incomparáveis, onde rios serpenteiam entre florestas densas e majestosas, e uma biodiversidade rica persiste, resistindo aos desafios pela modernidade. Porém, essa resistência não é fácil. A beleza de Jordão é tão isolada quanto às suas dificuldades: o acesso é possível apenas por transporte fluvial – dificultado ainda mais nos períodos de seca – ou em pequenos aviões que aterrissam em voos escassos, operando poucas vezes por semana. Nas estradas que conectam Jordão a outros municípios, seus habitantes vivem em um isolamento que molda cada aspecto do cotidiano, desde o acesso a suprimentos até as oportunidades de desenvolvimento.
A população de Jordão é uma mistura vibrante de comunidades ribeirinhas e indígenas, principalmente do povo Huni Kuin, que mantém viva a cultura e a espiritualidade de seus ancestrais em uma dança de tradições, línguas, músicas e festivais. Em meio a mais de 30 aldeias, a herança Huni Kuin pulsa, atraindo aqueles que buscam sabedoria, saúde integral e conexão com a natureza. Ainda assim, esse patrimônio cultural e ambiental enfrenta ameaças constantes, identidade e luta pela preservação de seu território e território é uma batalha diária.
Fundado em 1992, o Jordão possui uma economia baseada na agricultura familiar e no extrativismo, com o turismo ganhando espaço gradualmente. Ainda assim, apesar dos esforços de parte comunidade para melhorar os indicadores sociais, o município ainda enfrenta desafios significativos, como a preservação ambiental e a melhoria das condições de vida da população, que conta com índices de educação, saneamento, acesso a saúde que necessitam ser melhorados e a luta contra o alcoolismo, a desnutrição e a violência dos mais diversos tipos, especialmente direcionada às mulheres.

O povo Ribeirinho

Resistência e Luta Silenciosa nas Margens do Jordão
A população ribeirinha de Jordão é formada por descendentes de uma miscigenação de povos indígenas locais – como os Huni Kuin, Papavô e Kampa – e de nordestinos que chegaram à Amazônia como soldados da borracha, vindos de sua maioria do Ceará e das regiões áridas do sertão – sendo esses ainda formados por uma miscigenação entre europeus, africanos e indígenas nordestinos, como Kariri, Tupinambá, entre outros. Esses colonos, miscigenados com a cultura indígena local, enfrentaram a dureza dos seringais e hoje, décadas depois, ainda vivem uma vida de subsistência, marcada pela pobreza e pela vulnerabilidade social. São sobreviventes de um passado de exploração e marginalização, e embora desfrutem uma conexão profunda com a floresta e uma grande riqueza que é viver em um território garantido, espaçoso e com fartura de água, floresta, solo fértil, caça e pesca, eles vivem nas margens da sociedade, entre o isolamento e a falta de oportunidades de estudo e trabalho.
A cultura ribeirinha em Jordão é uma fusão de heranças indígenas, africanas e europeias, construída a partir do encontro – muitas vezes violento – com os povos locais. No entanto, esses ribeirinhos não têm o mesmo reconhecimento internacional cultural e jurídico que os indígenas, embora partilhem das mesmas vulnerabilidades. Privados do apoio e dos direitos concedidos aos povos indígenas, os ribeirinhos lutam para preservar seu território e sua identidade em um ambiente que, muitas vezes, os vê como invisíveis. Essa população carrega em si um patrimônio cultural singular e valioso, mas precisa de apoio para se empoderar, valorizar suas raízes e desfrutar da segurança e dignidade que são devidas.

O povo Huni Kuin

Guardiões da Floresta e da Ancestralidade
O povo Huni Kuin, também conhecido como Kaxinawá, carrega uma tradição profunda e sagrada, ligada aos espíritos da floresta e aos ensinamentos que passam de geração a geração. Parte do tronco linguístico Pano, esse povo originário proveniente de regiões onde hoje se localiza o Acre e o Peru guarda, em suas práticas culturais e rituais, a essência de uma conexão profunda com a natureza e com os ancestrais que ensinaram o valor da terra, das águas e da vida em comunidade.
No município de Jordão, os Huni Kuin habitam a Terra Indígena Huni Kuin do Rio Jordão, que abriga 33 aldeias, e a Terra Indígena Huni Kuin do Rio Tarauacá, onde estão mais cinco aldeias. Apesar da riqueza cultural que possuem e do valor de sua contribuição para a conservação da floresta, os Huni Kuin enfrentam desafios que, muitas vezes, ameaçam seu direito básico à dignidade. O acesso à água potável, à alimentação, à energia e ao atendimento de saúde é limitado e precário – ainda que suas práticas em medicinas tradicionais sejam de imenso valor para toda a humanidade, a falta das necessidades que as práticas de saúde globalizadas satisfazem fazem grande falta em seu dia-dia. Conforme relatório do DSEI Alto Rio Juruá, há aproximadamente 3.845 Huni Kuin atendidos pela equipe de saúde, mas essa assistência é insuficiente diante das necessidades diárias e urgentes.
Ainda assim, a resiliência do povo Huni Kuin inspira uma luta silenciosa, porém poderosa. O mundo começa a confiar e a celebrar a profundidade de sua cultura, e os artistas Huni Kuin compartilham suas histórias, música, medicina e artesanato em festivais, museus e aclamados eventos ao redor do mundo. Através de sua arte, os Huni Kuin expressam não apenas sua beleza, sua resistência, mas também sua esperança: a esperança de que um dia o valor de sua cultura seja plenamente reconhecido e valorizado, e de que a proteção de seu território e direitos sejam garantidos.

Nosso propósito

Diante dessa realidade, a nossa organização atua com dedicação e respeito para valorizar e apoiar as comunidades indígenas e ribeirinhas do Jordão. Reconhecemos a importância de proteção não apenas a riqueza ambiental, mas também a herança cultural e espiritual dos povos que aqui vivem. Com especial foco no cuidado com as flores e mulheres nativas, acreditamos que a preservação da floresta é inseparável do respeito aos direitos humanos e que a força de Jordão reside em sua diversidade e em seu espírito de luta. Nossa missão é colaborar com o desenvolvimento sustentável e cultural dessas comunidades, promovendo ações que respeitem suas tradições e fortaleçam sua autonomia, tentando na medida do possível trazer harmonia entre os diversos habitantes locais, e promovendo saúde e educação integral, igualitária, transcultural e transdisciplinar.

Um vislumbre das
belezas da região…

Sobre os diretores

Dra. Marcela Thiemi Andrade Korogi

Médica graduada em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), formada em 2015. Trabalhou em Belo Horizonte em consultório particular e com Atendimento domiciliar, através de atendimento humanizado para doenças crônico-degenerativas, envelhecimento e auxílio no processo de finitude. Atualmente trabalha com ênfase na prática clínica na Medicina Integrativa e Funcional, no formato de teleconsultas para o Brasil e diversas partes do mundo. No Jordão, onde mora, atua como médica na Unidade Básica de Saúde, na Atenção Primária através de atendimento assistencial e promoção à saúde. Tem formações complementares em Nutrologia (pós graduação médica – NÃO ESPECIALISTA); Ayurveda e está realizando especialização em Medicina de Família e Comunidade. 

Tem como propósitos o cuidado com a natureza, a educação em saúde, o empoderamento das mulheres, a defesa dos direitos das crianças e adolescentes e a valorização dos saberes tradicionais. 

Acredita na natureza como caminho de cura. 

É a atual Diretora Administrativo-Financeira do Instituto Flor da Floresta

 

Romina Lindemann

Romina é Economista e Empreendedora social, trabalha pela Amazônia Viva em harmonia com os povos indígenas há muitos anos. Fez pós-graduação em Sustentabilidade Integral pelo Instituto Visão Futuro.

Já conduziu diversos grupos às aldeias Huni Kuin e Yawanawa no Acre, colaborando na produção de diversos festivais na Floresta e no exterior. Tradutora e acompanhante de lideranças indígenas em viagens internacionais. Junto às mulheres do Povo Yawanawa, participa de ações voltadas ao empoderamento feminino através de parceria com a marca FARM, e com o povo Huni Kuin tem colaboração com a Artista Yaka Huni kuin. Trabalha diretamente com a Associação de Mulheres Huni Kuin – Ainbu Daya – na organização anual de eventos e na captação de verbas para projetos. 

Atualmente é Diretora Técnica do Instituto Flor da Floresta

Dr. Cesar Carvalho

Médico graduado em medicina no ano de 2013 pela Universidade Estadual Paulista UNESP, em Botucatu-SP. Realizou, durante a universidade, pesquisas em saúde e meio ambiente, fitoterapia e saúde de populações tradicionais.

Em seus 10 anos de atuação médica, trabalhou com clínica médica e medicina de família em comunidades tradicionais – quilombolas, caiçaras, ribeirinhas e indígenas nos estados do Rio de Janeiro e Acre, além de exercer trabalhos diversos nas áreas de agricultura ecológica, saneamento ecológico e permacultura.

Atualmente vive no município de Jordão há 5 anos, atuando na assistência e educação em saúde com populações ribeirinhas e a etnia Indígena Huni Kui, onde também realiza trabalho de fortalecimento e preservação dos conhecimentos dos mestres de saberes tradicionais em saúde (pajés, parteiras e raizeiros).

Tem graduações nas áreas de medicina Ayurveda, fitoterapia, Yoga, hipnose clínica, Florais da Amazônia e massoterapia. Está cursando especialização em Medicina de Família e Comunidade

É o atual Presidente do Instituto Flor da Floresta

Maria Auxiliadora Mancilha Pedigone

 

Médica graduada em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais , especialista em Clínica Médica , Infectologia ,Saúde Pública , Medicina do Trabalho e Mestra em Medicina Tropical . Foi professora da Faculdade de Medicina da UFMG em Belo Horizonte , trabalhou no SUS como médica auditora e na Santa Casa de Franca -SP por vários anos , onde coordenava o trabalho de Prevenção de Infecção Hospitalar . Mora há muitos anos em Franca – SP, e é professora das duas Faculdades de Medicina . É também membro atuante do grupo Mulheres do Brasil – núcleo Franca , onde participa do comitê da Saude atuando,entre outras causas, na luta pelo fim da violência contra as mulheres e meninas. 

Atualmente é a Vice Presidente do Insititito Flor da Floresta

Objetivos Principais do Instituto
Promoção de saúde e educação na região da Floresta Amazônica,

através de assistência integrada com fundamentos da medicina indígena Huni Kui, Ayurveda e Ocidental Cartesiana e manutenção de uma escola viva de educação continuada e produção de saberes integrados no município de Jordão.

Promover uma consciência global da situação sócio-cultural da região e do mundo atual,
evidenciando possibilidades de melhorias na qualidade de vida, promovendo o empoderamento da população e oportunidades de desenvolvimento humano sustentável.
Ampliar as possibilidades de lazer e cultura da juventude,

através das atividades culturais e educacionais promovidas pelo projeto.

Atuar no empoderamento e melhoria das condições de vida de toda a comunidade, mas com um olhar diferenciado para mulheres e crianças, que são, classicamente, mais vulneráveis.

Capacitação técnica e profissional de centenas de indivíduos em situação de vulnerabilidade social da região,

no âmbito de saúde, ecologia e produção de alimentos beneficiados, cosméticos naturais através de extrativismo e agricultura sustentável.

Melhora das condições nutricionais da população, através da distribuição de alimentos e suplementos alimentares saudáveis de alto valor nutricional,

além da promoção da produção e compartilhamento de sementes de culturas alimentícias e atividades educacionais sobre segurança e soberania alimentar integrais.

Incentivar a preservação da floresta amazônica

através da viabilização de possibilidades de geração de renda que mantém a floresta em pé e necessitam da fauna e da flora íntegras para sua efetivação, além de ações de reflorestamento. 

Sobre os colaboradores

Flávio Macarini Pereira

É advogado e professor. Formado em Ciências Sociais pela Unicamp e Direito pela Unesp de Franca. Atua como professor desde 2008, já deu aula em cursinhos populares, rede pública e escolas particulares. É advogado inscrito na OAB/SP e advoga principalmente para a área de família e sucessões, atendendo pessoas em todo o Brasil.

Antonio de Pádua Pinto Filho

Casado, pai de três filhas, é advogado formado pela Faculdade de Direito de Franca, estado de São Paulo. Iniciou sua experiência jurídica aos 12 anos quando começou a trabalhar no escritório de advocacia da família. Possui profundos conhecimentos em Direito Material e Direito Processual, com ênfase na atuação em sustentações orais nos tribunais superiores, defesa e militância de direitos das entidades do terceiro setor. Atualmente é coordenador Administrativo/Financeiro da FACT (Federação das Associações de Cannabis Terapêutica).

Elionay Nascimento Silva.

Jovem de 17 anos, estudante do 2º ano ensino médio da Escola Estadual Jairo de Figueiredo Melo, no município de Jordão-AC. Participou do Gênese Síncrono, curso pertencente ao programa Jornada Amazônia, que visa promover o protagonismo e o desenvolvimento de lideranças locais, para um impacto positivo na Amazônia através do empreendedorismo e estratégias para manter a floresta em pé.

Atualmente atua em um curso de qualificação profissional de agricultura agroflorestal.

Aprecia vivências, novas experiências e ensinamentos que, colocados em prática, tornam o mundo um ambiente melhor, com ênfase em culturas, sustentabilidade e saúde.

Contribuiu com seus conhecimentos e habilidades no Instituto Flor da Floresta Ni Hua e desempenhou um papel importante em atividades incluindo apoio institucional, cultivar viveiros do instituto, na produção de medicinas naturais, cosméticos e em organizações de vivências culturais nas terras indígenas em Jordão-Ac.

Vitor Pereira Balieiro

É um advogado brasileiro com graduação em Direito pela Faculdade de Direito de Franca, concluída em 2011. Completou sua formação acadêmica com uma pós-graduação em Direito Processual Civil pela Faculdade Damásio em 2018. Registrado na OAB/SP sob o número 326.872, ele se destaca por sua atuação no Terceiro Setor, onde contribui significativamente para diversas Organizações da Sociedade Civil (OSCs). Atualmente, Vitor exerce a função de Conselheiro Fiscal do Instituto Flor da Floresta, demonstrando seu compromisso com causas sociais e a promoção de mudanças positivas na comunidade.

Milton Monteiro

Contador com mais de 15 anos de experiência e pós-graduação em Contabilidade do Terceiro Setor, é apaixonado por causas sociais. Fundou a LegX, uma empresa contábil especializada em oferecer soluções personalizadas para organizações do Terceiro Setor, aliando conhecimento técnico a um profundo compromisso com o impacto social. Além dos serviços contábeis tradicionais, a LegX oferece consultoria estratégica para auxiliar as instituições a otimizar seus processos e alcançar maior sustentabilidade.

Como posso ajudar?

 

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Recebemos doações por pix ou transferência bancária
Nosso pix é: institutoflordafloresta@gmail.com
Para doações internacionais ou por transferências bancárias diversas, 
contate-nos através de nosso email

Aceitamos também voluntariado. Oferecemos estadia em troca de voluntariado.
Recebemos também grupos para turismo na floresta, com caminhos para conhecer a cultura Huni Kui e entrar em contato com as medicinas e alimentos saudáveis da Amazônia.

Interessados entrar em contato pelo e-mail ou nos telefones abaixo

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